Vim morrer Gondarém
Pátria de contrabandistas.
A farda dos bandoleiros
Não consinto que me vista.
Numa lado, a Espanha morta
Em outra Portugal sombrio
Entre ambos galope UM rio
que nao para a minha porta.
E grito, grito: ia-me.
Ganhei dor. Procurei prazo.
E sinto que vou morrer
Na própria pátria do crime.
Eu vou morrer Gondarém
Pátria de contrabandistas
A farda dos bandoleiros < br /> Não consinto que me vista.
Por causa de aprender o vira
fui trazido. Mas por fim,
Eu sei Hoje, que era a mentira
O que entao chamavamos por mim.
Nada haverá que me acoite
Meu amor, meu inimigo,
e óleo das maos da noite
a memória de castigo.
Vim morrer Gondarém
Pátria de contrabandistas
a farda dos bandoleiros
Não consinto que me vista.
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